““Agora me tornei Boitatá, a ardente fúria da natureza!”"
Imagem meramente ilustrativa.
Há tempos os povos Yanomami vem sofrendo com a invasão de suas terras por madeireiras, agricultores e garimpeiros ilegais. Dia após dia suas matas são derrubadas, suas águas poluídas e suas aldeias tomadas pelas doenças e desgraças trazidas por esses invasores.
Desesperados, vendo a floresta sumir e seu povo perecer, os velhos pajés da tribo começaram a clamar aos deuses e espíritos das matas que os ajudassem a enfrentar esse mal que os destruía.
Não demorou muito e a resposta veio. Como forma de trazer proteção e equilíbrio de volta para a região, a própria natureza encontrou seus meios.
Uma criança da tribo havia nascido especial, única e poderosa. Seu destino estava traçado, e sua missão era proteger as matas e seu povo.
Nascido como Cauê Aruana, o pequeno tinha o espírito do Boitatá dentro de si. Ele sempre soube quem era e qual sua missão. Cauê sentia em seu corpo o poder da milenar serpente flamejante, além de ter uma forte conexão com a natureza. Mas também sentia uma fúria muito poderosa,que poderia vir a se tornar um problema.
Mesmo criança, seu poder era imenso, incontrolável e com grande capacidade destrutiva. Certa vez um grupo de madeireiros derrubou uma das maiores e mais antigas árvores daquele local. Ao ver aquilo, o garoto entrou num estado de fúria incontrolável.
A coloração de sua pele havia mudado para tons de preto e vermelho escuro, em seu corpo haviam também marcas em forma circular, todas elas em chamas.
Ele conseguiu expulsar os lenhadores e destruir todo o maquinário deles, porém também acabou destruindo parte da mata e incinerando algumas ocas acidentalmente. Tal fato lhe rendeu a alcunha de “Ataraú”, que traduzindo do tupi pode significar fúria, exaltação, fogo, mal humor, etc…
Treinando desde jovem para aprender a liderar, e principalmente a conter seu temperamento explosivo, com passar dos anos e com ajuda dos pajés, Cauê foi aprendendo a controlar seu poder e fúria, através de rituais e muita meditação, e graças a isso, com o tempo, ele se tornou um verdadeiro protetor daquela região, conseguindo inclusive bater de frente com grupos de garimpeiros armados. Ele sabia que sua missão era lutar pela floresta e por seu povo, e estava determinado a fazer isso, mas parecia que aquilo era uma luta sem fim, haviam outros meios para ajudar aquela região, e ele precisava arriscar.
Já na idade adulta, Cauê decidiu viajar para a cidade grande com a intenção de encontrar novos meios de ajudar seu povo. Lá, ele começou a fazer parte de um grupo de ativistas focados em combater a exploração predatória de empresas multinacionais nas florestas brasileiras. Ali ele foi aprendendo que a força bruta não era a única maneira de parar aquele mal. Ele percebeu que através das leis e da política, poderia ajudar muito mais do que usando sua força sozinho.
Determinado a proteger sua terra natal, Cauê decidiu entrar na política e lutar pela defesa dos direitos dos povos indígenas e da preservação do meio ambiente. Com sua coragem, liderança natural e determinação, Cauê rapidamente ganhou o respeito e admiração de muitos, e sua voz ecoou por todo o país. Embora enfrentasse muitos obstáculos e resistência por parte de grupos poderosos que queriam explorar a floresta, Cauê nunca desistiu de sua luta.
Atuando como um importante deputado em Nova Capital, Cauê havia alcançado muitos de seus objetivos. Finalmente a floresta e seu povo estavam mais protegidos do que nunca, mas ele sabia que manter isso seria uma luta constante.
Considerado um herói, não apenas para sua tribo, mas para todos aqueles que lutavam pela justiça e pela preservação do meio ambiente, Cauê sabia e sentia que em algum momento “Ataraú” seria necessário. Assim como ele havia aprendido que nem tudo pode ser resolvido através da força. Haviam coisas que só a força poderia resolver, e ele estaria preparado para quando esse momento chegasse.
Equipe FH
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