Resumo

Histórico

Sabe, eu poderia ganhar medalha de ouro em qualquer esporte em que eu tentasse competir, mas tô fora das competições há algum tempo, hoje meu negócio é outro: Lutar contra o crime.

É uma parada bem mais radical do que qualquer esporte, e a adrenalina que dá, é maior do que qualquer competição que já entrei…

Você deve estar se perguntando, por que uma atleta alto nível como eu está correndo atrás de bandido e fora das competições. Bem, é uma longa história, mas vou resumir um pouco…

Meu nome é Olívia Leal, vocês me conhecem por ai como Olímpica, a heroína esportista.

Eu venho de origem humilde, morei minha vida inteira com minha mãe e meu irmão mais novo.

Meu pai é alguém que mal tive contato, soube recentemente que ele anda envolvido com coisa errada, mas isso é assunto pra outra hora…

Quando eu tinha uns 7, 8 anos de idade um professor de educação física da minha antiga escola notou que eu conseguia aprender com muita facilidade qualquer tipo de esporte. Eu não só aprendia, como dominava o que quer que fosse em pouquíssimo tempo.

Na época, ele chamou minha mãe e disse que ela precisava investir em mim, que eu tinha tudo pra ser uma grande atleta. Mas sabe como é, filho de pobre nesse país, não tem muita chance pra nada.

Por alguns anos ele me treinou como podia, enquanto isso a gente tentava buscar apoio ou algum tipo de patrocínio. Até que um dia, um vídeo meu bombou na internet, e nem era nada demais. Eu tava fazendo umas piruetas no skate, coisa simples, mas tava fantasiada pro halloween, e foi isso o que pegou. A “bruxinha do skate”, nossa fala sério, eu detestava esse apelido, ainda bem que não pegou por muito tempo. Mas foi o que me deu visibilidade. Graças a isso, consegui uma bolsa de estudos em um centro esportivo do governo, ali eu comecei a treinar pra valer, com os melhores instrutores e equipamentos que eu poderia imaginar.

Não demorou muito e eu comecei a competir. Os troféus e medalhas começaram a aparecer na minha vida, dia após dia e aquilo não parecia nada demais pra mim.

Eles diziam que eu era um prodígio dos esportes, que eu tinha uma grande inteligência físico-cinestésica. Que pra quem não sabe, é basicamente um tipo de inteligência que facilita a coordenação da mente com o corpo, permitindo controle e precisão sobre ele. Sendo responsável pelo controle das habilidades, da força, coordenação, equilíbrio, velocidade, flexibilidade etc…

Aos 14 anos ganhei minhas primeiras medalhas de ouro em uma olimpíada, na época eu competi em duas categorias, o que deixou o mundo todo surpreso. Ganhei ouro na ginástica artística e no skate street, eu era a sensação do momento, minha carreira no esporte estava pra decolar.

Mas ai começaram a surgir escândalos de corrupção, que envolviam o centro de treinamento onde eu ficava, não demorou muito e o lugar fechou. A pressão acabou respingando até nos atletas que não sabiam como lidar com isso, eu inclusive.

Eu tava sem rumo não sabia o que fazer, até que um dia o ricasso do Bernardo Rodrigues bateu na minha porta me oferecendo uma proposta, ele disse que me observava a um tempo e queria que eu fizesse parte de um time que ele tava montando. Minhas habilidades e o que eu representava eram o que ele precisava pra equipe. Bom, é claro que eu topei né, e nem preciso dizer que não era nenhum time de esportes… O cara me chamou pra fazer parte dos Legionários, com salário, equipamentos e tudo de melhor que ele poderia me oferecer, já vão fazer dois anos que tô nessa, e sinto que to no rumo certo.

Vez ou outra eu atuo também com outras heroínas da cidade, as Harpias. Nós mulheres temos que nos unir e mostrar pro mundo do que somos capazes. Sinto que eu sendo apenas uma garota de origem humilde e que agora está onde está, posso servir de inspiração pra outras garotas que assim como eu, sonham em subir no pódio da vida.

Autor

Fernando Gondolo