"Graças a capoeira aprendi a escapar das rasteiras que a vida dá."
Imagem meramente ilustrativa.
Nascido em Pernambuco, Manoel passou sua infância nas periferias de Recife, um jovem negro, pobre, sem grandes expectativas de futuro, mas foi através da arte da capoeira que o jovem encontrou o seu caminho e o seu destino. Desde o primeiro contato, ele foi atraído pela beleza e força da capoeira e começou a treinar com um mestre local. Manoel, logo se destacou como um aluno talentoso, apaixonado e dedicado. Sua ginga era única, e graças a ela, em seu “batismo” onde ganhou a primeira corda, ganhou também o apelido de “Ginga”, do qual é conhecido até hoje.
Com o tempo, Ginga decidiu que queria aprimorar ainda mais suas habilidades e conhecer outros estilos e mestres de capoeira. Então, ele viajou pelo Brasil, treinando com os melhores mestres de todas as regiões, absorvendo conhecimento e técnicas de cada um deles.
Além de ser um fenômeno da capoeira, Manoel também tinha uma habilidade especial, que com o tempo e disciplina ele aprendeu a controlar. O rapaz podia absorver energia cinética a sua volta, e graças a seus movimentos conseguia controlar esse poder, podendo armazenar e disparar ondas de energia através de seus golpes. Mas tal habilidade, era algo que ele guardava pra si, usando apenas quando necessário.
Um fato curioso, é que não se sabe ao certo a origem de tal poder. Alguns acreditam que ele pode ser um meta-humano, outros que ele elevou suas habilidades em capoeira a um nível supremo jamais visto, uns dizem que é um poder vindo da ancestralidade passado pelas gerações, há também quem acredite que seja fruto de um pacto ou mesmo uma benção dada por alguma entidade ou algo do tipo, mas ninguém sabe ao certo, e é melhor assim.
Entre sua jornada pelos vários locais do Brasil, Ginga já mais velho, e graduado no grau máximo da capoeira, acabou se fixando em Nova Capital, mais precisamente na Favela do Cabrião, onde decidiu usar suas habilidades para ajudar a comunidade. Ali, ele criou uma ONG que usava a capoeira como meio de ensinar disciplina, confiança e autoestima para jovens da favela. O Mestre Ginga trabalhava incansavelmente com sua equipe, ensinando e treinando os jovens e passando seus conhecimentos adiante.
Figura de máximo respeito na comunidade, Manoel era alguém que protegia as pessoas e ao mesmo tempo era protegido por todos a sua volta.
Mesmo “Beto Alicate”, um dos maiores traficantes do Cabrião, tinha uma relação de respeito com o capoeirista, afinal na adolescência Alicate havia sido um dos alunos de Ginga.
O jovem acabou indo para outro caminho, mas ele ainda tinha no antigo mestre a figura paternal que não teve em casa, e por isso o respeitava, e fazia de tudo para que ninguém fizesse mal algum com ele, sua ONG ou seus alunos.
Mesmo assim, vez ou outra Ginga precisava enfrentar a violência e a criminalidade na favela. Quando bandidos ameaçavam a segurança da comunidade, principalmente quando envolvia crianças ou seus alunos, ele não hesitava em usar suas habilidades de capoeira para proteger as pessoas.
Diferente de outros heróis mascarados que vez ou outra apareciam por ali, Ginga era presente, fazia parte da comunidade, e por isso, se tornou um herói local, respeitado e admirado por todos.
Graças à sua paixão e dedicação à capoeira, Ginga mudou a vida de muitos jovens e ajudou a preservar a rica herança cultural da capoeira no Brasil. Ele continua a trabalhar em sua comunidade, inspirando as próximas gerações de capoeiristas a seguir em sua jornada, e fará de tudo para continuar inspirando e protegendo todos a sua volta.
Equipe FH em conjunto com os apoiadores do projeto.
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