“Procure pelo ponto mais fraco do seu oponente, e ali ataque com toda sua força.”
Imagem meramente ilustrativa.
Quando cheguei em São Paulo, fui acolhido pela família Han. O pai, Jin-hyuk sensei do dojang Mugunghwa, era um homem sério e distante, mas encontrei nele a figura de mestre e pai. Já nos gêmeos eu encontrei uma dualidade de sentimentos: amor recíproco, porém proibido, vindo de Sun-mi, prometida a outro, e o ódio e rivalidade de seu irmão Ji-sung, que havia tomado para si a responsabilidade de cuidar da honra de sua irmã. Ela estudava comigo na UNB, enquanto ele treinava comigo no dojang.
Foi nessa época que perdi o amor da minha vida, Sun-mi e eu fomos flagrados por seu irmão, que resolveu se vingar de mim nos tatames. Num dos treinos no dojang, estávamos lutando Ji-sung e eu, e ele aplicou um golpe proibido e sequer foi penalizado por seu pai. O sensei continuou inerte diante das trapaças de seu filho. Eu estava aprendendo a ter mais autocontrole com o taekwondo, mas não aguentava injustiças. Meus poderes se manifestaram pela primeira vez naquele momento e eu matei meu rival congelado.
Fiquei tão assustado que fugi dali no mesmo instante, já sabendo que deveria sumir da vida da família Han. Por meses, vivi como nômade de cidade em cidade, congelando qualquer coisa que eu tocasse, morando nas ruas e pedindo por comida. Somente em Brasília consegui ajuda de uma das heroínas do grupo Benfeitores, Fabricadora, que confeccionou para mim um traje que conseguia conter meus poderes.
Na época fiquei tão empolgado por conseguir controlar meus poderes e grato pela ajuda, que resolvi me juntar aos Benfeitores, mas minha participação com a equipe durou por pouco tempo, pois me envolvi numa discussão feia com um dos membros fundadores. Me arrependo profundamente por não estar com eles quando… Brasília explodiu.
Antes de me estabelecer, pude encontrar com Sun-mi e tê-la em meus braços mais uma última vez. Ela não havia me contado que estava casada com um Jeong, e nem que agora tinha filhos família. Desapontado, migrei novamente pela última vez. Nova Capital estava em uma constante crescente, tive a oportunidade de abrir meu próprio dojo, para treinar jovens que precisam de ajuda, assim como eu precisei.
Por todos esses anos eu me mantive fora do vigilantismo, mas fui forçado a vestir o manto de Granizo novamente com a invasão daqueles aliens que o Estelar chama de kovarianos. Após reencontrar a Fabricadora no meio da ação, aceitei seu convite para treinar seus alunos da Força Heróica, mas ela não aceitava meus métodos, e eu não concordava com suas finalidades, o que me fez separar novamente de uma sociedade heróica, mas não me fez desistir da minha vocação de treinar jovens heróis, mas dessa vez, eles iriam atuar nas ruas da cidade, onde a sociedade mais precisa.
Fábio EstevesReformulado para o jogo pela Equipe FH
Veja os defensores do Universo da Fábrica de Heróis