"...E todas as vezes que me olho no espelho eu encaro a morte."
Imagem meramente ilustrativa.
Pode se dizer que o Caveira além de uma lenda urbana é um dos vigilantes mais antigos e temidos de Nova Capital, sua fama vai longe, principalmente entre os bandidos que temem sua presença, mas nem sempre foi assim....
Largado em um orfanato ainda bebê, teve uma infância problemática. Chegou a passar por alguns lares, mas sempre era rejeitado e devolvido depois de um tempo.
Graças a essa vivência conturbada, tornou-se um reflexo do que vivia se transformando em garoto calado e briguento, muitas vezes por ter um senso de justiça muito forte, tentava defender alguma criança menor dos maus tratos, mas sempre acabava sendo espancado pelos tutores.
Na adolescência ele acaba fugindo do orfanato e passa viver nas ruas onde, começou a viver de pequenos delitos até que um dia foi pego. No final de década de 60, auge do período militar o rapaz acaba sendo pego por um grupo de militares que vê naquele rapaz franzino potencial para um programa secreto que estaria por vir.
O rapaz se vê num local cercado por outros assim como ele, delinquentes juvenis, órfãos, infratores, ou seja, jovens sem expectativas de futuro pela frente. Para os militares aqueles eram as “cobaias” perfeitas. Garotos sem futuro, de mentes fracas, fáceis de serem manipulados e controlados, e o melhor, ninguém daria falta deles caso algo desse errado.
Com o passar dos anos os garotos foram treinados e doutrinados, apenas os melhores foram selecionados para uma segunda etapa. Onde o objetivo era criar soldados fortes, habilidosos e totalmente leais a nação, algo similar ao que os Nazistas fizeram durante a segunda guerra mundial.
Testes secretos foram feitos em vários soldados, mas pouquíssimos resistiram, porém estes que sobreviveram ganharam alterações no DNA, o que lhes proporcionou incríveis habilidades físicas, além da capacidade de regeneração rápida de ferimentos. Com isso, esses soldados entraram em um programa de testes e treinamento ainda mais árduo dos quais um humano normal não sobreviveria e, se sobrevivesse, provavelmente sairia de lá como um inválido ou alguém com sérios problemas mentais.
Tempos depois os poucos restantes passaram a fazer parte de uma “Tropa especial” incumbida de exterminar qualquer inimigo. As ações eram violentas, e sem ética alguma, aquilo aos poucos começava a incomodar o soldado que no futuro viria a ser um dos principais vigilantes de NC.
Uma série de fatos, somados ao senso de justiça que ainda lhe restava fez o rapaz perceber que havia algo errado e que tinha mais coisas por baixo dos panos, mas foi em uma missão contra um grupo de super humanos “rebeldes” denominado como “Bem Feitores” que ele percebeu que era apenas um peão sendo usado por políticos e militares sujos num plano muito maior.
É nesse momento que ele analisa o que já havia feito pela “pátria” e decide questionar seus superiores, e até mesmo dar um basta nisso tudo, mas ao se opor a seus líderes, acabou se tornando um novo alvo para eles, pois como já sabia demais acabou sendo visto como um inimigo e passou a ser caçado por seus ex companheiros.
Com ajuda dos Bem-Feitores ele consegue dar um fim em sua antiga “Tropa Especial” de assassinos, mas sabia que as coisas não terminariam ai. Por anos fugindo pelo país e vivendo no submundo com identidades falsas, o rapaz viu a criminalidade de perto, conheceu o verdadeiro inferno na terra, e viu mais uma vez como as coisas sujas funcionavam.
Percebendo toda criminalidade a sua volta e os políticos que nada faziam (pois os mesmos lucravam de certa forma com isso) decide fazer um bom uso de suas habilidades, que a muito tempo não usava, o que também seria como uma forma de redenção para aliviar o peso de sua consciência por fazer serviços sujos durante anos.
Ele então reúne algumas armas, equipamentos e customiza um traje colocando uma máscara caveira na face representando seu passado sombrio, o medo, o perigo, e a morte. Assim nasce o Caveira, um vigilante destemido que busca fazer justiça com as próprias mãos.
Por anos vem lutando sozinho nas ruas de Nova Capital, porém vez ou outra acaba se juntando a outros vigilantes locais, e graças ao seu tempo em campo e sua fama nas ruas, acabou sendo considerado por muitos como líder dos “Lendas Ubanas” mesmo que ele despreze essa posição, já que de fato o tal grupo nem mesmo é um grupo. Com o Panteão acontece a mesma coisa, ele nunca quis ser relacionado a esse grupo ou seus membros, mas as ocasiões o colocaram ali naquele momento
Fernando Gondolo
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