"Minhas asas me libertaram, e agora eu luto pela liberdade de todos."
Imagem meramente ilustrativa.
Não importa o nome que a chamavam quando ela era uma criança tímida e reservada que mantinha distância de outras crianças. Por algum motivo, ela nunca se sentiu adequada ao comportamento esperado dela, tendo uma elevada sensibilidade e feminilidade. Tudo isso acabou criando um ambiente de bullying, que apenas aumentou ainda mais suas tendências solitárias, para evitar xingamentos que a magoavam muito. Seus pais não eram pessoas ruins, mas também não entendiam seus sentimentos - e muitas vezes, seus próprios esforços para ajudá-la acabavam por causar um mal estar pior, como oferecer presentes tipicamente apreciados por meninos. Além de tudo isso, ela também sentia uma coisa forte dentro de si, uma energia que não conseguia explicar, que parecia só piorar.
Na adolescência, resolveu se isolar de todos e ninguém deu por sua falta. Seus pais achavam que era somente uma típica crise de adolescente e, tendo uma perspectiva antiquada de "não se envolver", esperaram que ela voltasse por conta própria. Aos poucos, com depressão e sem vontade de viver, imóvel em sua casa, um casulo feito de um tecido que pulsava energicamente começou a crescer sobre corpo, cobrindo-a por inteiro. Meses se passaram e, quando o casulo finalmente rompeu, viu-se num corpo andrógino, com delicadas asas de borboleta em suas costas, com a capacidade de voar e dispersar um pó atordoante com as batidas das asas. Olhando para si mesma, pareceu entender a verdade sobre si mesma - sobre como ela deveria ser desde o momento que nasceu.
Ao sair de casa para voar sobre Nova Capital, viu um grupo de intolerantes atacar pessoas trans, voando por cima deles e os atordoando com seu pó. Aclamada pelas pessoas que salvou, sentiu orgulho pela primeira vez na vida e foi incentivada a se tornar mais uma das super-heroínas da cidade. Conversando com aquelas pessoas, finalmente aprendeu sobre questões que nunca imaginou antes, sobre gênero e sexualidade, e sentiu, talvez pela primeira vez, a sensação de "pertencer". Então, servindo como representante da comunidade trans, adotou o codinome de Borboleta.
A maioria dos vilões é impactada pela aparência frágil de Borboleta e ela foi ridicularizada muitas vezes devido aos seus poderes, mas o principal poder de Regina, nome que ela adotou após adquirir as asas, em referência à borboleta monarca, é dar voz a outras pessoas trans. Sua imagem é fortemente associada aos protestos por direitos como o nome social e está sempre presente nas Paradas do Orgulho. Apesar de tímida, ela é frequentemente chamada para dar depoimentos e servir de inspiração para as pessoas trans como um todo. Isto acabou lhe trazendo inimigos que não são vencidos com a força física, principalmente entre os vereadores de Nova Capital, como o miliciano Carlos Cabeção, sendo muitas vezes mais perigosos que os habituais vilões das ruas.
Equipe FH em conjunto com os apoiadores do projeto.
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