“Chega de esticar o assunto, tá na hora da porrada.”
Imagem meramente ilustrativa.
Você deve imaginar, todo os super poderosos que existem usam seus poderes para ser super heróis ou super vilões, bom não é o caso da minha família, a parte da família da minha mãe pra ser mais específico, os pais dela são sobreviventes da destruição da antiga capital que vieram reconstruir suas vidas aqui em NC, eles tiveram três filhos que desenvolveram poderes especiais, que de especiais não tem quase nada, meu tio Sérgio consegue falar com animais, ele vive dizendo que gatos são uns sociopatas disfarçados de pelúcia, minha tia Sara, tem tipo, super sentidos, tipo visão, olfato e audição, eu chamo ela de cachorrona pra provocar, e minha mãe Sueli que tem mãos curativas, ela não consegue curar um ferimento mortal, porque os poderes dela não funcionam muito rápido. Todos tem uma coisa em comum, usam seus poderes em suas profissões meu tio é veterinário, minha tia trabalha como detetive, e minha mãe ganha muito dinheiro com massoterapia “revigorante”, ou seja nenhum super-herói, meu pai não tenho muito o que falar, ele é um contador, cheio de papo nerd entediante, além de mim eles tem outro filho, o Jonas, meu irmão mais velho que não mora com a gente.
Agora que eu falei da minha família vou falar de mim, Meu nome é Kelly Mendonça, eu tenho 16 anos, to no meio do ensino médio, pretendo estudar Moda na UNC, e eu também tenho super-poderes, mas o meu caso é um pouco diferente, assim como a minha família eu sempre soube que tinha habilidades especiais, eu nunca me machucava quando era criança, então eu sempre testava os meus limites, pulava de certas alturas, como a beliche, brinquedos do parquinho, e até de cima de casa (esse dia minha mãe ficou muito brava), sempre saindo ilesa, eu também tinha uma mega flexibilidade, tipo coisa de circo, eu achava que era só isso até algumas semanas atrás.
Naquele dia eu estava saindo da escola, a saída do lugar estava lotada quando um carro descontrolado veio na direção de todo mundo na calçada, infelizmente, ele atingiu algumas pessoas, mas eu consegui salvar a última garota que seria atropelada, por reflexo eu estiquei meus braços e puxei ela, o carro bateu direto no muro, no calor do momento minha ficha não caiu, mas depois eu percebi que estava a alguns metros de distância dela, confusa, eu saí correndo dali. Em casa eu senti que meu corpo estava mudando, além de tudo que fazia antes, eu comecei a conseguir esticar meus braços, depois dedos, pernas, pescoço tronco e tal, eu achei super legal, mas não contei pra ninguém de casa.
Lembra daquela garota que eu salvei? Então, eu me arrependi, o nome dela é Michele, como eu descobri? Na semana seguinte, ela apareceu na porta da minha casa, a maluca vasculhou as redes sociais até me achar, ela é tipo uma nerd dos super-heróis, ela veio cheia de papo que eu era foda que queria ser minha amiga, tratei logo de fechar a boca dela e levar pro meu quarto, lá eu contei minha história e que só ela sabia do meu segredo, ela encheu tanto o meu saco que me convenceu a tentar esse negócio de super heroína, e que ia me ajudar, como condição pedi que ela mantivesse segredo total, e controlasse um pouco esse nerdice dela, por dias nós testamos trajes para a ação, mas nenhum se adaptou aos meus poderes o que tava me limitando muito, então peguei a roupa mais folgada que tinha no meu armário, a Michele veio com um óculos de gigante, até hoje eu não sei de onde ela tirou aquilo, e com um monte de tinta no cabelo pra esconder minha identidade meu visual tava pronto, pra fechar um bottom na blusa, a Michele falou que era minha marca, até gostei, só faltava o principal, o codinome, aí que foi uma briga, quase dei na cara dela, finalmente a gente entrou em um acordo, meu codinome seria Babalú, eu não sei muito bem o que e como eu vou fazer, mas apesar de tudo a Michele sempre tem boas dicas e eu nunca vou admitir isso pra ela, o que pode dar errado?
Hugo Henrique
Veja os defensores do Universo da Fábrica de Heróis